Frederico Loureiro

Nascido no Rio de Janeiro, foi a Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, que despertou a sensibilidade para as questões socioambientais. Na adolescência, começou sua vida ativista, participando de movimentos e organizações voltadas para a proteção e recuperação da Baía de Guanabara e da Floresta da Tijuca, e para a defesa de suas comunidades.

Essas experiências o levaram em 1985 à graduação em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde o Bacharelado em Ecologia e a Licenciatura em Ciências ampliaram sua perspectiva sobre as relações entre seres humanos e natureza. Suas reflexões teóricas, porém, se aliaram ao trabalho simultâneo de criar e implementar um projeto de educação ambiental voltado para crianças e jovens que viviam nas ruas – algo inédito no país até aquele momento.

A atuação como educador o acompanhou ao longo de sua formação acadêmica, que passou pelo Mestrado em Educação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pelo Doutorado em Serviço Social na UFRJ, na década de 1990. Nesse período, atuou junto a grupos socioambientalmente vulneráveis, principalmente moradores de periferia e favelas, povos e comunidades tradicionais – como quilombolas, caiçaras, pescadores artesanais e marisqueiras.

Sua contribuição gradualmente ganhou escala, levando-o a todas as regiões do Brasil para participar da elaboração de políticas públicas, normas técnicas, metodologias e estruturas teóricas para a consolidação da educação ambiental e da participação social no sistema de gestão ambiental pública. Seus principais focos foram o licenciamento ambiental, a gestão de unidades de conservação e de recursos hídricos, com destaque para sua abordagem inovadora de situações de conflito ambiental e da mitigação de impactos de atividades poluidoras sobre os povos tradicionais.

Atualmente é professor titular da Faculdade de Educação da UFRJ, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e parecerista ad hoc de fundações de pesquisa e fomento. Elabora e coordena projetos socioambientais junto aos povos tradicionais, apoiando a organização de suas lutas pela garantia de direitos, e a realização de processos sociais e econômicos que assegurem a reprodução de seus modos de vida, aspectos fundamentais para a conservação da diversidade biológica e cultural.

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