Carlos A. Nobre é um climatologista brasileiro. Engenheiro pelo ITA (1974) e doutorado em meteorologia pelo MIT (1983). Dedicou sua carreira científica principalmente à Amazônia e à ciência climática. Lançou há 30 anos a hipótese de “savanização” da Amazônia em resposta a desmatamentos.
Vem estudando os riscos para a Amazônia do desmatamento, mudanças climáticas e aumento dos incêndios. Em 2016, lançou o conceito da “Terceira Via Amazônica”, como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região visando o surgimento de uma inovadora bioeconomia de floresta em pé com uso de modernas tecnologias da Quarta Revolução Industrial, projeto conhecido como “Amazônia 4.0” para explorar sustentavelmente o enorme potencial da rica biodiversidade.
É membro estrangeiro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências. Recebeu o Prêmio Volvo Ambiental em 2016, a Medalha Von Humboldt da EGU em 2010 e foi um dos autores do IPCC AR4, premiado com o Prêmio Nobel da Paz em 2007. Exerceu as funções de Secretário de Políticas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da C&T, Presidente da CAPES.
Foi o criador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre e chefe do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos-CPTEC, ambos do INPE, e o criador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais-CEMADEN. Atualmente, é pesquisador colaborador do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Instituto de Estudos Climáticos da UFES.